Governo desvia foco da cooperação Sul-Sul para aumentar o comércio bilateral em até 50%
Mês passado, o ministro Armando Monteiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior visitou Washington com a missão de aproximar, ainda mais, as relações comerciais entre Brasil e EUA. Há uma grande expectativa na recuperação da economia americana através da balança de manufaturados em que se estima um aumento de, no mínimo, 50% a mais no fluxo no comércio bilateral. O montante equivale a cerca de US$ 30 bilhões por ano, considerando somente com os acordos que já começaram a ser negociados no mês passado.
Ainda no mesmo mês, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também foi aos EUA para acalmar investidores e na semana retrasada, foi a vez de o secretário adjunto do Departamento de Comércio dos EUA para a Gestão de Exportações, Kevin Wolf, vir ao Brasil -quando pôde explicar a governo e empresários como comercializar produtos controlados para o mercado americano.
A balança comercial mostra que os EUA estão retomando a primeira posição como comprador de produtos brasileiros. Embarques para o mercado americano subiram cerca de 10%, enquanto as vendas para a China caíram mais de 40%. Todavia, o Brasil representa, hoje, menos de 2% do comércio internacional dos EUA mostrando que ainda existem excelentes oportunidades para a exportação de commodities e produtos nacionais, investimentos em alta tecnologia e renovação do parque industrial.